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Minas na Conferência Mundial de Juventude: Gabriel Azevedo também está por lá.

Depois de 48h de viagem, seis voos e quatro conexões (Ufa!), há dois dias o Gabriel Azevedo (Subsecretário da Juventude de Minas Gerais) chegou ao Sri Lanka para as atividades da 3ª Conferência Mundial de Juventude que começa hoje (6 de maio), na cidade de Colombo.

A participação do Gabriel, ao lado do mineiro Diego Callisto (um dos delegados oficiais selecionados para representar o Brasil no evento), faz com que Minas Gerais seja o único estado subnacional brasileiro presente nesse encontro que vai contar com mais ou menos 1500 pessoas, entre jovens dos quatro cantos do mundo, governos e instituições.

Até o dia 10 de maio, sábado que vem, representantes de 128 países vão pensar e negociar como deve ser o cenário de desenvolvimento mundial quando o assunto é juventude. Além disso, vão compartilhar ideias, experiências e abordagens inovadoras para colaborar com o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que, resumindo, é uma lista de metas criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) que deve ser cumprida por todos os países até 2015.

Por lá, o Subsecretário da Juventude de Minas vai apresentar uma carta escrita por jovens mineiros que reúne propostas para os Objetivos do Milênio pós 2015. Ou seja, o que deve ser feito depois de 2015 nessa área. Esse documento foi finalizado depois de 235 encontros municipais realizados em cidades mineiras e da 3ª Conferência Estadual da Juventude, que rolou no mês de novembro de 2013 em Araxá/MG.

Vale dizer que, em julho de 2012, Minas Gerais se tornou, de acordo com a ONU, a primeira região subnacional do mundo a propor e assinar novas e mais desafiadoras metas a serem cumpridas até 2015. Em 2008, o estado já tinha superado cinco dos oitos Objetivos do Milênio previstos.

Sobre esse assunto, Gabriel falou o seguinte: A ONU tem a iniciativa de construir os Objetivos do Milênio, que o Governo de Minas leva muito a sério. Colocamos essas discussões no âmbito das conferências de juventude, onde discutimos metas para Minas e pensamentos no pós 2015. Tudo isso virou um grande documento final que a ONU gostou e aprovou.

A carta (clique aqui para conferir seu conteúdo completo) tem mais de 70 objetivos, divididos em oito eixos: Erradicar a miséria e a fome, Educação de qualidade para todos, Igualdade entre gêneros, Reduzir a mortalidade infantil, Melhorar a saúde das gestantes, Combater a AIDS, malária e outras doenças, Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, Todo mundo trabalhando junto pelo desenvolvimento.

É importante mostrar que estamos atentos ao pós 2015 e que Minas Gerais é o estado brasileiro que mais dá atenção aos Objetivos do Milênio. Em Minas estão sendo traçadas metas mais ousadas para os Objetivos e os jovens foram convocados para essa tarefa. A ONU não é um governo internacional, ela não obriga governos a fazerem as coisas. Ela dá diretrizes e aquelas pessoas que estiverem mais conectadas na linguagem global vão atrás, completou Gabriel Azevedo.

No fim da 3ª Conferência Mundial da Juventude, um documento chamado Plano de Ação Colombo vai reunir as contribuições dos jovens de todo o mundo que participaram do evento. 

MOMENTO RESERVADO PARA FALAR SOBRE A ATUAÇÃO DE MINAS NA REDE MULTIDIMENSIONAL POVERTY PEER NETWORK.

A participação do Gabriel Azevedo na 3ª Conferência Mundial de Juventude não termina por aí. Ele também vai ter um momento reservado para falar sobre a atuação de Minas Gerais na Multidimensional Poverty Peer Network. Essa é uma rede que trabalha com o conceito de pobreza multidimensional e nós, mineiros, temos um papel de destaque nela, já que estamos entre os poucos países e unidades subnacionais que já utilizam o Índice de Pobreza Multidimensional – IPM para direcionar as ações do Governo com foco no combate à pobreza.

A Rede tem um papel muito importante nas discussões pós-2015 e a nossa proposta central é basicamente substituir ou complementar o indicador 1 (Taxa de Pobreza) dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 1 (Erradicar miséria e a fome no mundo) pelo IPM. Para isso, a Rede promoveu, com o apoio da OCDE, um evento paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas (Set/2013) com o objetivo de fortalecer essa posição.